Bizarrices do outro lado do mundo – Lua de Mel by Perrengue Tour

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Mictório visto da rua em Hiroshima

Passando mais alguns dias no Japão deu para perceber que nem tudo aqui são privadas quentinhas e Pokemons fofinhos não. No meio de Hello Kitties em canteiro de obra encontramos muitas coisas bizarras.

Uma das coisas que mais me assustou aqui foram os mictórios dos banheiros, por um simples motivo: eles não têm porta. Tipo, não estou falando da portinha tipo do cubículo da privada não. Estou falando da porta que impede alguém passando na rua de me ver mijar mesmo. Beleza que não são todos, nem em todos os lugares, mas pelo menos 1x por dia, em alguma praça pública, shopping ou atração turística eu me via mijando e dando tchau para os transeuntes que por ali passavam. Alguns com menos de 10 anos de idade. B-I-Z-A-R-R-O!

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Com direito a fenda na perna e tudo

Banheiros aliás onde gastam numa privada dos deuses mas economizam no sabão. Não sei se eles confiam 100% na lavagem completa que a privada automática faz ou se eles simplesmente são porcos mesmo, mas em geral, nos banheiros de locais públicos só tem água mesmo e na minha amostragem empírica, mesmo a água parece ser dispensável pra eles.

Outra coisa que chamou a atenção foram uns camisolões que nos davam pra usar nos hotéis que íamos. Super sexy para casal em lua de mel. Dá para pensar em vários fetiches com ele. Por exemplo, se a mulher tem uma tara com o Avô do Charlie na Fantástica Fábrica de Chocolate, supr dá pra usar o camisolão para dar um clima. Isso deve ser algum tipo de mecanismo de controle de natalidade, só pode. Eficácia maior que pílula, camisinha e chinelo Ryder.

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Avô do Charlie sensualizando no pole dance

Se bem que esse povo aqui tem cada tara maluca que não duvido de nada. Andando por Tóquio encontramos uma loja de vendia calcinhas pros pervertidos cheirarem. Falei pra Ciça aproveitar que tava com uma sacola cheia de calcinha suja na mala e fazer um troco pra pagar a janta, mas acho que ela está curtindo comer arroz sentada na calçada, pois ela não topou não.

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Tá servido?

Depois do último post, ainda tivemos mais um dia em Kyoto. Acho que foi o 1º sinal de que o cansaço físico da nossa andança tinha batido. Depois de ver os melhores templos nos 2 primeiros dias, logo no 1º passeio do 3º dia, no Castelo de Nijo, eu percebi que andava pelo Castelo olhando pro chão pedindo que o passeio chegasse ao fim enquanto a Ciça já tinha tirado uma lixa de unha na bolsa dela e aproveitava o passeio pra fazer a mão. Percebemos que não dava mais e resolvemos desistir da programação. Ao invés de passeios resolvemos tirar um tempo para fazer um bom almoço (leia-se aqui = um almoço que não foi arroz sentado no chão), andar sem rumo pela cidade e ir um pouco mais cedo pra Hiroshima. Para não deixar ela mal-acostumada com esse almoço esbanjando, onde pedimos até até guaraná brindar como se fosse champanhe (afinal de contas, lua de mel é só uma vez na vida), e trazê-la para a realidade do Perrengue Tour, peguei uns pães recheados/pizza para jantar que requentamos no hotel usando o secador de cabelo.

Hiroshima foi apenas 1 dia. A programação era de ver todo Memorial da Paz de manhã e ir a Miyajima ver o Tori Flutuante e uns templos a tarde, as como estava chovendo a gente cancelou Miyajima e saímos pra comer um Okonomyaki, prato típico da região. O prato é meio bizarro, devo admitir. É tipo um Xis-Panqueca-Miojo com Bacon, Ovo, Repolho, Cebolinha e molho de ostra. É tipo, um Yaki-sobra, o yakisoba com tudo que tinha sobrado na geladeira. O restaurante era mega local e éramos os únicos turistas lá. Não havia cardápio em inglês então basicamente o atendente/cozinheiro perguntou se gostávamos de ostra e queijo e a gente se sentindo meio intimidado, respondemos que sim, mesmo eu ODIANDO ostra. Mas como Deus protege os bêbados, as crianças e os loucos, veio bom. Veio um de ostra pra Ciça (que até gosta mais ou menos) e um de queijo pra mim. Ah sim, ostra e queijo, além de tudo isso que eu expliquei que já vinha lá atrás. Tem tanta coisa que não tem gosto de nada.

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Em cima a preparação da panqueca… o macarrão, o ovo e tudo mais ainda vai por cima desa montanha aí

Voltamos ainda a Tóquio, agora por mais 2 dias antes de ir pra Tailândia. Jogamos toda nossa programação fora depois de ver coisas maravilhosas em Kyoto e Hiroshima e decidimos apenas continuar andando sem rumo pela cidade. Eu já estava na tara de comer um bife, depois de passar 2 semanas comendo frango e peixe, mas pelo visto não será possível. Os pratos de carne por aqui em restaurantes nível Outback tavam saindo na casa de 150 a 200 reais, fora bebida e 10%. Carne aliás, que só não é mais cara que fruta no Japão. Já achei melancia custando mais que Iphone por aqui. Achamos ao menos um restaurante “italiano” onde eu resolvi comer uma massa para matar saudade de comida ocidental (até agora só comemos comida thai/japa todos os dias) mas eu pedi um carbonara e basicamente veio um miojo de bacon.

No último dia acordamos cedo pra comer o famosos Lamém do Restaurante do Chef Tsuta em Sugamo que tem uma estrela no renomeado Guia Michellin (e foi o 1º restaurante de Lámem a ganhar uma). Como Lámem é uma comida tradicionalmente barata (e o Tsuta cobra cerca de 30 reais pelo dele) vocês imaginam a fila que não é para comer num restaurante Guia Michellin por um preço de PF no Centro do Rio né? É tão grande que parece que esta tendo inscrição pra concurso da Comlurb na porta do lugar. Basicamente você tem que chegar lá bem cedinho (tem quem chega umas 6:30 da manhã) e esperar os caras chegarem (lá pelas 8:00) para dar uma senha que te dá o direito de voltar ao restaurante em uma hora entre 11 e 16 e almoçar. Apesar da senha, pode contar em esperar mais meia hora a 40 minutos pra sentar e comer além do período marcado na tua reserva.

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Meu miojo estrela Michellin

O lugar é meio Soup Nazi (quem já viu Seinfeld entende). Um silêncio sepulcral, você chega, escolhe uma sopa numa maquininha tipo essas de coca cola do metrô, pega uma ficha e dá para um cara que repassa pro cozinheiro fazer seu prato. Senta numa bancada bunda de fora, tipo essas dos galetos do rio, e em 5 minutos chega teu Lamém. Pra quem não sabe, lámem é tipo uma sopa de macarrão que pode vir com uns pedaços de carne (em geral, de porco) ou ovo cozido. Aí no Brasil a gente chama tudo isso de Miojo mesmo. A Ciça não conseguiu achar Lámem com ovo que ela fazia questão e no nervosismo e medo de causar discórdia e ser expulso do lugar, ela pediu qualquer coisa que na maquininha em japonês tinha egg do lado.. Por sorte, veio algo que ela gostou. Talvez por que depois de comer arroz puro no chão da rua e “pão/pizza” requentado no secador de cabelo, o nível da referência dela não estivesse lá em cima não.

Pra finalizar, fizemos uma busca por sabores estranhos de Kit Kat. O chocolate é o mais vendido no Japão e tem inúmeros sabores malucos exclusivos pra cá. Compramos de: wasabi, chá verde, melão com mascarpone, framboesa, morango, folha de cerejeira com chá verde, saquê, cheesecake de morango e chocolate amargo pra provar depois no Brasil.

Agora, como as lojas japonesas fazem para avisar seus clientes que está na hora de fechar, já estamos ouvindo a Hora do Adeus (sério, eles tocam isso em todos os lugares quando é pra você ir embora). Vou dizer que o Japão me surpreendeu. Já esperava ver coisas lindas em Kyoto, mas não esperava me divertir tanto em Tóquio. Acho que das grandes metrópoles do mundo, foi das que mais me apaixonei.

Agora, é hora de descansar um pouco e pegar uma praia na Tailândia. Phi Phi e Railey Beach, aí vamos nós!

“Se nós não pudéssemos rir das coisas que não fazem sentido, nós não poderíamos reagir a muitas coisas da vida.” – Calvin

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